Tensão: Brasil Condena violência e Invasão da Embaixada do México no Equador
O governo brasileiro classificou como um "grave precedente" a invasão da embaixada do México em Quito pela polícia equatoriana na noite de sexta-feira.
A ação ocorreu com o objetivo de realizar a prisão do ex-vice-presidente equatoriano, Jorge Glas, condenado a seis anos de prisão por receber propina da Odebrecht e que havia recebido asilo político do México.
Em nota, o Itamaraty declarou: "A medida levada a cabo pelo governo equatoriano constitui grave precedente, cabendo ser objeto de enérgico repúdio, qualquer que seja a justificativa para sua realização. O governo brasileiro manifesta, finalmente, sua solidariedade ao governo mexicano".
Após a invasão, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, ordenou a suspensão das relações diplomáticas com o Equador. Em apoio, o ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou solidariedade a López Obrador.
Jorge Glas estava na embaixada mexicana desde 17 de dezembro de 2023, em uma decisão que aumentou as tensões entre os dois países. A invasão da embaixada ocorreu horas depois de o México conceder asilo político ao ex-vice-presidente equatoriano, uma ação descrita por Quito como "um ato ilícito" que "promove a impunidade".
O presidente mexicano, por sua vez, afirmou nas redes sociais que a invasão constitui "um ato autoritário" e uma violação flagrante do direito internacional e da soberania mexicana.
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