Suplementos Alimentares: Impulsionando a Imunidade ou Mito Comercial?
Atualizado: 15 de out.
A utilização de suplementos alimentares, compostos por vitaminas e minerais, tem sido uma prática crescente para suprir deficiências nutricionais na população.
Em tempos de pandemia, a procura por esses produtos aumentou substancialmente, com a expectativa de fortalecer o sistema imunológico, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), uma pesquisa de 2020 revelou que 59% dos lares brasileiros possuem ao menos uma pessoa consumindo suplementos alimentares.
Além disso, o consumo desses produtos com o objetivo específico de melhorar a imunidade aumentou em 48% durante a quarentena.
A eficácia dos suplementos na manutenção da saúde imunológica, no entanto, ainda é tema de debate, estudos científicos são limitados, mas indicam que micronutrientes como vitamina D, vitamina C e zinco desempenham papéis essenciais no fortalecimento do sistema imune.
A vitamina D, por exemplo, além de ser crucial para o metabolismo mineral e a homeostasia, regula o sistema imunológico, influenciando a produção e maturação de células imunes, a deficiência dessa vitamina está associada a várias doenças, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão e doenças autoimunes.
A vitamina C, conhecida por suas propriedades antioxidantes, também é vital para o sistema imunológico, participando na síntese de colágeno e na absorção de ferro, estudos sugerem que ela modula a função imunológica e melhora a motilidade de neutrófilos, células chave na resposta imunológica. A deficiência de vitamina C pode prejudicar a capacidade dos fagócitos de migrar para locais de infecção, condição que pode ser revertida com a suplementação.
O zinco, por sua vez, é fundamental na produção e maturação de células de defesa. A carência desse mineral pode reduzir o número e a eficácia das células imunes, aumentando a vulnerabilidade a infecções. O zinco é necessário para a atividade das células natural killer (NK) e a função dos macrófagos e leucócitos.
Apesar das evidências sobre a importância desses micronutrientes, a suplementação indiscriminada sem orientação médica pode não trazer os benefícios esperados e, em alguns casos, causar desequilíbrios nutricionais. Portanto, é crucial que o consumo de suplementos seja baseado em necessidades individuais e sob supervisão profissional.
A crescente popularidade dos suplementos alimentares destaca a necessidade de mais pesquisas para entender plenamente seus efeitos na saúde imunológica e garantir que a população esteja bem informada sobre o uso adequado desses produtos.
Comentarios