Socorro Neri denuncia: "violência política de gênero" e pressões do PP em coletiva de imprensa
Em uma coletiva de imprensa convocada nesta sexta-feira (3), a deputada federal Socorro Neri expôs publicamente as tensões e dificuldades enfrentadas dentro do Partido Progressistas (PP) em relação ao apoio à chapa Bocalom-Alysson na disputa pela Prefeitura de Rio Branco.
Lendo uma carta aberta de mais de 5 páginas, Neri revelou ter sido vítima de violência política de gênero ao se posicionar contra a decisão do partido de desistir da candidatura de Alysson para apoiar a reeleição de Bocalom, colocando o secretário de Governo como vice na chapa.
Em um relato contundente, a deputada destacou que sua postura em defesa do fortalecimento do Progressistas foi distorcida e desrespeitada pelos dirigentes do partido. Ela afirmou ter sido pressionada a colocar seu nome à disposição para a candidatura à prefeitura, apenas para ser novamente ignorada pelos líderes partidários.
"Nenhuma parlamentar deve ser impedida de expressar sua opinião e seu posicionamento dentro do partido. É inaceitável que minha decisão de defender a candidatura própria do Progressistas seja interpretada como questões pessoais. É lamentável que, ao invés de diálogo e respeito, eu tenha recebido ataques pessoais e tentativas de desmoralização pública por parte dos dirigentes regionais", declarou Neri durante a coletiva.
Além disso, a deputada revelou ter sido alvo de inúmeras ofensas e rotulações pejorativas ao se posicionar contrariamente à aliança Bocalom/Alysson, sendo taxada de "mulher mal amada", "rancorosa", "ingrata" e "traidora" pelos dirigentes do PP.
A coragem de Socorro Neri em expor essas questões sensíveis ressalta a importância do debate sobre violência política de gênero e a necessidade de um ambiente político mais inclusivo e respeitoso. O posicionamento da deputada também levanta questionamentos sobre a dinâmica interna dos partidos e os desafios enfrentados por mulheres na política.
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