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Foto do escritorGabriel Oliveira

Setenta famílias são retiradas de comunidade rural durante reintegração de posse no Acre.

Reintegração de posse no Seringal Porto Luiz, Comunidade Granadinha, zona rural de Acrelândia, interior do Acre, começou nesta terça-feira (5). Prefeitura de Acrelândia levou moradores para ginásio.


Na terça-feira (5), começou a operação de reintegração de posse no Seringal Porto Luiz, Comunidade Granadinha, zona rural de Acrelândia, interior do Acre. A ação contou com a presença de 180 policiais militares e oficiais de Justiça, que cumpriram o mandado judicial expedido pelo juiz substituto Guilherme Muniz de Freitas Miotto, da comarca de Acrelândia.



No local, havia 70 famílias, totalizando 167 pessoas, que viviam há pelo menos dois anos. A Secretaria de Acrelândia e o Estado de Assistência Social acompanharam a operação. Os moradores alegam que toda a área de aproximadamente 4.700 hectares de floresta nativa pertence à União. Em 2004, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) criou um projeto de assentamento no local, mas em 2021 o projeto foi desfeito sem justificativas.


O advogado dos moradores, Fabiano Passos, destacou o investimento feito pelos produtores nas plantações, tornando a área uma das mais produtivas do município. As famílias desejavam utilizar a terra para moradia e produção agrícola. A reportagem entrou em contato com o Incra e aguarda retorno.

Durante a operação, Evailda dos Santos, uma das produtoras que vivia no local com seu marido e cinco filhos, expressou desespero, pois não tem para onde ir. A Secretaria Estadual de Ação Social e Direitos Humanos recebeu um ofício da juíza solicitando assistência aos desabrigados por meio do programa de aluguel social.



A Secretaria de Ação Social de Acrelândia providenciou um ginásio para abrigar os móveis dos moradores, além de oferecer alimentação, transporte e acolhimento. A reintegração de posse só foi iniciada após acordo entre os posseiros e as forças de segurança para evitar a demolição das casas pelos funcionários dos fazendeiros que reivindicam a área. A comandante do 4º Batalhão da PM, tenente-coronel Eliana Maia, afirmou que a operação está sendo conduzida de forma pacífica e os próprios moradores se propuseram a desmontar as casas.

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