Secretário de Bocalom chama vereador de 'irresponsável' e convoca moradores para defender o prefeito

Durante uma coletiva de imprensa concedida nesta segunda-feira (8), o secretário de Gestão Administrativa da Prefeitura de Rio Branco, Johnatan Santiago, reagiu às acusações do vereador Fábio Araújo (PDT) sobre a entrega dos itens do Programa Recomeço, que visa doar móveis às famílias afetadas pelas enchentes e enxurradas ocorridas em 2023 na capital.

Secretário afirma que o programa seguiu com as diretrizes estabelecidas pelo Governo Federal.

Santiago classificou as declarações do vereador como 'irresponsáveis' e defendeu a integridade do processo realizado pela Prefeitura de Rio Branco, afirmando que esta seguiu as diretrizes estabelecidas pelo Governo Federal.

"Consideramos grave o vídeo divulgado pelo vereador Fábio Araújo. Estamos lidando com o presidente do parlamento, em exercício, que lança dúvidas de forma irresponsável e leviana à sociedade", declarou o secretário.

"Ele gravou um vídeo, compartilhou nas redes sociais, levando as pessoas a acreditarem que há irregularidades no programa, quando na realidade não é verdade", acrescentou Johnatan.

Durante a coletiva, o secretário anunciou que, apesar de não ter sido solicitado pelos órgãos fiscalizadores, a Prefeitura enviará documentação ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, detalhando valores, itens adquiridos, quantidade entregue e outras informações referentes ao Programa Recomeço, para comprovar a transparência do programa.

Além disso, a Prefeitura recebeu diversos moradores de diferentes bairros beneficiados pelo Programa Recomeço durante a coletiva, com o intuito de comprovar que o projeto alcançou todas as regiões da capital.

Contextualizando o caso, no vídeo, Fábio Araújo denunciou que mais de 6 mil itens não foram entregues aos bairros atingidos pelo desastre, questionando o motivo pelo qual esse material estaria armazenado e não teria sido destinado às famílias necessitadas.

O secretário de Planejamento, Jhonatan Santiago, esclareceu que mais de 3 mil famílias foram beneficiadas pelo programa. Contudo, devido ao ano eleitoral em 2024, a legislação eleitoral proíbe a distribuição gratuita de itens pela Prefeitura. Santiago afirmou que, ao contrário do que foi divulgado, no galpão há 4,5 mil itens, incluindo aqueles adquiridos com recursos próprios da Prefeitura e os enviados pelo governo federal por meio da Defesa Civil Nacional.

"O município optou por suspender a distribuição até obtermos uma resposta da Justiça Eleitoral", concluiu o secretário.