Protestos, demissões e pobreza Marcam Governo Milei na Argentina
Em meio a protestos e greves, o governo argentino, liderado por Javier Milei, continua com a política de enxugamento do Estado, que resultou na demissão de milhares de servidores públicos. Desde que assumiu o poder em dezembro de 2023, Milei anunciou a intenção de cortar 75 mil postos de trabalho no primeiro ano. Até agora, 23 mil contratos não foram renovados, causando uma onda de insatisfação entre sindicatos e trabalhadores.
A Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) liderou uma greve nacional em Buenos Aires para protestar contra as medidas do governo, que são vistas como uma "serra elétrica" na estrutura estatal.
Também ha reflexos na economia com a moeda perdendo mercado e sendo desvalorizada dia após Dia que faz com que muitos argentino procurem outras alternativas para manter o básico, a pobreza e as desigualdades sociais também aumentaram em 50% no país, desde dezembro 2023, cada vez mais famílias precisam de ajuda para sobreviver.
O secretário-geral da ATE, Rodolfo Aguiar, afirmou que a única maneira de combater essas políticas é através de manifestações constantes. Ele criticou duramente o governo, acusando-o de criar cargos fictícios para aliados enquanto promove a precarização trabalhista.
O governo Milei defende as demissões como necessárias para reduzir a burocracia e tornar o Estado mais eficiente. O porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni, afirmou que as demissões são "cirúrgicas" e direcionadas a servidores que não cumpriam suas funções. Apesar disso, a tensão social aumenta, com trabalhadores temendo por seus empregos e a taxa de pobreza ultrapassando a cota de alerta.
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