PF Protocola Indiciamento de Bolsonaro por Caso das Joias no STF e caberá a Moraes Julgar
A Polícia Federal formalizou nesta sexta-feira (5) o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 11 pessoas no Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da investigação sobre a venda de joias recebidas como presente pelo governo brasileiro.
Os documentos foram protocolados, mas ainda não chegaram ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na corte. A expectativa é que as movimentações no processo se intensifiquem a partir da próxima semana.
Bolsonaro foi indiciado sob suspeita dos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato apropriação de bem público. Entre os indiciados também estão Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, e os advogados Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, citados por lavagem e associação criminosa.
O inquérito aponta que Mauro Cid e seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, teriam participado da venda das joias, além do ex-assessor de Bolsonaro Osmar Crivelatti e outros envolvidos.
O ex-presidente já enfrenta outras investigações, incluindo processos relacionados à falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19 e ações que apuram tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito, datando desde os ataques de 8 de janeiro de 2023. Caso seja processado e condenado por esses crimes, Bolsonaro poderá enfrentar uma pena de até 23 anos de prisão e ser inelegível por mais de 30 anos, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Esta nova etapa das investigações promete trazer novos desdobramentos políticos e jurídicos, ampliando o cenário de incertezas em torno do futuro político do ex-presidente e seus aliados.
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