Pesquisa da Atlas Intel revela, que Quase 50% dos brasileiros acham que o Brasil “vive ditadura do judiciário”
Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (9) pela Atlas Intel trouxe à tona opiniões divergentes entre os brasileiros sobre o papel do Judiciário e a situação política no país. O levantamento, realizado nos dias 8 e 9 de fevereiro de 2024, contou com a participação de 1.615 entrevistados, coincidindo com a repercussão da megaoperação da Polícia Federal autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
De acordo com os resultados, 47,3% dos entrevistados acreditam que o Brasil "vive sob uma ditadura do judiciário". Para 16,7%, embora não caracterize uma ditadura, muitos juízes "cometem abusos e ultrapassam suas atribuições". Já 20,9% consideram que o judiciário está cumprindo seu papel corretamente.
No que diz respeito ao ex-presidente Jair Bolsonaro, 42,2% dos entrevistados acreditam que ele "está sendo perseguido injustamente", enquanto 46,5% acreditam que Bolsonaro "planejou um golpe de estado", conforme sugerido pela Polícia Federal.
Em um artigo publicado em 19/12/2023, pelo Jornal Agência Brasil. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que as decisões monocráticas (individuais) são um “imperativo da realidade” para que a Corte tenha um funcionamento regular.
A declaração foi dada em meio ao balanço de fim do ano de 2023 no Supremo, durante a última sessão plenária do ano, em que tradicionalmente se encerram os trabalhos regulares e que marca o início do plantão durante o recesso judicial.
Em relação à possibilidade de decretação de estado de sítio no segundo turno das eleições de 2022 para retirar os poderes do STF, 41,3% dos entrevistados afirmaram que não teriam apoiado essa medida.
Quando questionados sobre a possibilidade de prisão de Bolsonaro, 38,2% acreditam que o ex-presidente será preso, enquanto 36,4% discordam dessa possibilidade.
Quanto ao apoio ao ex-presidente, 39,6% dos entrevistados disseram apoiar ou simpatizar com Bolsonaro, enquanto 51,1% afirmaram não simpatizar com o presidente nem apoiá-lo. Os resultados evidenciam a polarização de opiniões na sociedade brasileira em meio a um cenário político conturbado.
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