Níveis do Rio Madeira atingem recorde histórico de baixa em meio à seca prolongada
O Rio Madeira, em Porto Velho, registrou um novo recorde histórico de baixa, com o nível da água atingindo 71 centímetros, o menor valor desde 1967. A falta de chuvas significativas agrava o cenário, com previsões que indicam a continuidade da estiagem pelos próximos meses. Especialistas alertam que o atraso no início das chuvas poderá prolongar o período de seca, repetindo ou até agravando a situação vivida em 2023.
Segundo Guilherme Cardoso, engenheiro hidrólogo do Serviço Geológico do Brasil (SGB), a vazante do rio já está causando impactos na navegação e na vida das comunidades ribeirinhas. Desde julho, medidas como a suspensão da navegação noturna e a declaração de escassez hídrica foram implementadas, mas as dificuldades para a população local persistem.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já iniciou dragagens para evitar a interrupção total da hidrovia.
Além dos problemas de transporte e abastecimento, a situação também coloca em risco a geração de energia nas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, ambas em Rondônia. A vazão do Rio Madeira tem diminuído, e a operação das usinas já está severamente limitada. Apesar das restrições, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) garante que não há risco imediato de insegurança energética.
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