No Acre, homem é preso acusado de estuprar criança autista.

O delegado Saulo Macedo, em entrevista nesta sexta-feira, 24, revelou que o exame de corpo de delito realizado na criança pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmou a agressão. Ferreira já possuía um mandado de prisão em aberto e estava considerado como foragido da justiça. Após procedimentos na delegacia, foi encaminhado ao presídio Francisco de Oliveira Conde, e o inquérito policial deve ser concluído na próxima semana.

Saulo destacou a chegada da mãe da vítima à delegacia para registrar o boletim de ocorrência, profundamente abalada psicologicamente. O delegado acrescentou que as imagens das câmeras de segurança da escola foram fundamentais para as investigações.

O relato presente no boletim de ocorrência descreve que o menino teria saído por volta das 8h da manhã para comprar pão, quando foi abordado pelo acusado em frente à instituição de ensino e, em seguida, levado à quadra de esportes. "Ela [a mãe] chegou nervosa com o filho à delegacia, o indivíduo teve a situação exposta naquele dia, mas não foi preso.

No dia 20, o abuso aconteceu; vítima e agressor moram próximos. Ele trabalhava como zelador na escola e, segundo a denúncia, chamou a criança, que tem autismo e outros transtornos mentais, para o banheiro, onde ocorreu o estupro. O inquérito policial está próximo da conclusão", explicou o delegado.

A mãe do garoto, em contato, mencionou que seu filho está em estado de choque e manifestou intenção de cometer suicídio após o terrível incidente. Ela relatou ainda que o filho detalhou o abuso sofrido, incluindo características do agressor, inclusive a cor de sua cueca, além de ameaças para que o menino se mantivesse em silêncio. Devido ao impacto emocional, a família recusou assistência psicológica no momento.

A mãe também revelou informações sobre outras possíveis vítimas de abuso sexual por parte de Miguel, mencionando sua filha de 16 anos, que prestou depoimento relatando ter sido abusada pelo acusado quando tinha 8 anos, na residência dele. "Recentemente, descobrimos que ele abusou de mais duas crianças, incluindo minha filha. As famílias das vítimas, todas de Capixaba, estão igualmente abaladas", concluiu.

Da redação