Município de Brasileia fica isolada após rio transbordar. Até o momento, 1.540 pessoas estão desabrigadas e 1.256 desalojadas.
Desde a manhã desta segunda-feira (26), a cidade de Brasiléia, localizada no interior do Acre, enfrenta uma situação de isolamento por via terrestre devido à elevação do rio Acre. O nível do rio atingiu 13,98 metros, quase 3 metros acima da cota de transbordo, resultando na interdição da Ponte Metálica José Augusto, que conecta a cidade a Epitaciolândia, o município vizinho.
A Ponte Metálica José Augusto é a única rota de acesso terrestre para Brasiléia e Assis Brasil, sendo crucial para o transporte de mercadorias, suprimentos, medicamentos e combustíveis. A interdição representa um desafio significativo para a cidade, que agora busca apoio das autoridades estaduais e federais.
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A prefeita de Brasiléia classificou a situação como muito grave, destacando que nove dos onze bairros da cidade estão alagados, incluindo áreas rurais com pontos de isolamento. Até o momento, 1.540 pessoas estão desabrigadas e 1.256 desalojadas, com doze abrigos preparados para acolher os necessitados, incluindo 138 indígenas adultos e crianças.
Esta é a quarta inundação em 11 anos, agravada pelo isolamento causado pela interdição da Ponte Metálica José Augusto. A prefeita decretou situação de emergência no sábado (24), e o reconhecimento da Defesa Civil Nacional e do Governo Federal ocorreu nesta segunda-feira (26).
A situação no estado é preocupante, com mais de 11,2 mil pessoas deixando suas casas devido às inundações, 17 municípios em emergência reconhecida pelo governo federal e a cidade de Jordão declarando calamidade devido a graves inundações, que afetaram 80% da zona urbana, levando ao deslocamento de pacientes do hospital para um prédio da secretaria de assistência social. O estado do Acre mobiliza esforços para lidar com as consequências dessa crise climática.
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