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Foto do escritorGabriel Oliveira

Lula Recusa Assinatura em Cúpula pela Paz na Ucrânia, Citando Exclusão da Rússia

A Conferência pela Paz na Ucrânia, que reuniu representantes de 90 países na Suíça, terminou neste domingo (16) sem a assinatura do Brasil. O evento discutiu caminhos para a paz no leste europeu, invadido pela Rússia, mas enfrentou resistência de 13 nações, incluindo o Brasil, que se recusaram a assinar a declaração conjunta.


Grande maioria dos países foi favorável ao documento
Grande maioria dos países foi favorável ao documento

A cúpula focou na segurança nuclear e marítima, pedindo que a Rússia devolva o controle da central nuclear de Zaporíjia à Ucrânia e liberte prisioneiros de guerra. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia antecipado sua ausência, enviando a embaixadora do Brasil em Berna como representante. Lula defende que qualquer negociação de paz deve envolver Moscou, um ponto crucial também para a China, que igualmente não assinou o documento.


Outros países do BRICS, como Índia e África do Sul, além de nações como México, Indonésia e Arábia Saudita, seguiram a mesma linha e não endossaram a declaração. Em contrapartida, mais de 80 países, incluindo a maioria da União Europeia, Estados Unidos, Japão, Argentina e Chile, apoiaram o documento.


O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, considerou a reunião um sucesso pela mobilização internacional em prol da paz. Ele destacou a importância da segurança alimentar e a necessidade de proteger instalações nucleares contra riscos de guerra.

A ausência da Rússia na conferência foi criticada, mas países como a Alemanha continuam a defender que qualquer acordo de paz duradouro deve incluir Moscou nas negociações. O chanceler alemão, Olaf Scholz, destacou a importância de encontrar uma estrutura para uma paz justa e abrangente na Ucrânia.


A próxima fase das negociações poderá ter como anfitriões a Arábia Saudita ou a Turquia, que são vistas como potenciais mediadores. Enquanto isso, a Rússia mantém suas condições para a paz, incluindo a retirada de tropas ucranianas de regiões ocupadas e o fim das sanções ocidentais, contrapondo-se ao plano de paz de Zelenski, que exige a retirada total das forças russas do território ucraniano.

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