Ginkgo Biloba na Neurosuplementação: Ênfase no Tratamento da Depressão e Ansiedade
- Dr. Rodney
- há 2 dias
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O Ginkgo biloba é uma das plantas medicinais mais antigas conhecidas, utilizada há milênios na medicina tradicional chinesa.
Suplementos à base de Ginkgo têm ganhado popularidade, especialmente no campo da neurosuplementação, por seus potenciais efeitos sobre a memória, cognição e saúde cerebral.
Composição e Principais Ativos
O extrato de Ginkgo biloba é padronizado geralmente como EGb 761, contendo:
Flavonoides (24%): com propriedades antioxidantes.
Terpenoides (6%): ginkgolídeos e bilobalídeos, que atuam na microcirculação cerebral e na proteção neuronal.
Esses compostos são os principais responsáveis pelas propriedades neuroprotetoras e cognitivas atribuídas à planta.
Mecanismos de Ação na Neurosuplementação
Os efeitos neurológicos do Ginkgo biloba se dão por múltiplos mecanismos:
Modulação de neurotransmissoresAtua sobre os sistemas de serotonina, dopamina e noradrenalina, substâncias-chave na regulação do humor, comportamento e motivação.
Redução da inflamação cerebralProcessos inflamatórios estão diretamente associados à depressão. O Ginkgo exerce efeito neuroprotetor e anti-inflamatório.
Ação antioxidanteO estresse oxidativo afeta áreas cerebrais ligadas ao humor. O Ginkgo ajuda a restaurar o equilíbrio redox neuronal.
Melhora da perfusão cerebralAumenta o fluxo sanguíneo no cérebro, contribuindo para a função cerebral saudável e o equilíbrio neuroquímico.
Estudos e Evidências
Ansiedade: Estudos demonstram que o uso de Ginkgo reduziu sintomas de ansiedade em indivíduos com transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
Depressão leve a moderada: Em idosos, o uso associado ao tratamento convencional mostrou melhora nos sintomas depressivos, especialmente quando havia comprometimento cognitivo concomitante.
Transtornos relacionados ao estresse: O Ginkgo pode ajudar na regulação do eixo HPA (hipotálamo-hipófise-adrenal), diminuindo a resposta ao estresse crônico.
Aplicações Práticas na Neurosuplementação
O Ginkgo pode ser considerado em protocolos integrativos para:
Transtornos de ansiedade leve a moderada
Depressão associada ao envelhecimento
Síndrome de burnout
Apoio emocional em períodos de estresse intenso
Evidências Científicas
Os resultados dos estudos clínicos são variados. Revisões sistemáticas e meta-análises apontam que o Ginkgo pode ter benefícios modestos na cognição, especialmente em idosos e pessoas com condições neurodegenerativas, mas seu efeito como suplemento em pessoas saudáveis ainda gera debate.
Precausão
Ginkgo pode interagir com anticoagulantes (como varfarina) e medicamentos para pressão arterial. Deve ser usado com cautela e orientação profissional.
Conclusão
O Ginkgo biloba é uma opção promissora na neurosuplementação, com potenciais efeitos na melhora da função cognitiva, proteção neuronal e suporte à saúde cerebral em geral.
Embora não seja uma solução definitiva para condições neurológicas, seu uso pode ser benéfico dentro de um plano de cuidados integrativos, especialmente em populações envelhecidas ou sob risco de declínio cognitivo
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