Ex-funcionária é condenada a restituir R$ 100 mil à empresa por desvio de dinheiro após processo de demissão que ela mesmo fez
Uma ex-funcionária de um posto de gasolina em Anápolis, localizado a 55 km de Goiânia, entrou com um processo na Justiça após ser demitida, buscando uma indenização por diversos motivos, mas acabou sendo condenada a restituir à empresa uma quantia significativa de R$ 100.252,00.
O caso iniciou quando uma auditoria particular revelou fraudes em cartões que resultaram em um déficit de R$ 227 mil. Os relatórios, elaborados tanto pelo posto quanto pelas administradoras dos cartões de crédito, apontaram a ex-gerente do estabelecimento como a única responsável pelo desvio, uma vez que tinha acesso ao sistema.
Segundo o documento do processo, a responsabilidade pela conferência e guarda dos valores repassados pelos vendedores e pelos clientes, assim como por eventuais erros cometidos pelos atendentes, recai sobre o responsável pelo fechamento geral dos caixas das empresas, no caso, a ex-funcionária.
A defesa da ex-gerente negou veementemente as acusações, afirmando que a perícia não conseguiu indicar a autoria dos desvios. No entanto, durante o processo, a perícia judicial constatou um desvio ainda maior, totalizando cerca de R$ 242 mil ao longo de dois anos.
Diante da situação, o juiz responsável pelo caso promoveu uma reunião entre os advogados das partes envolvidas e recomendou que firmassem um acordo. Assim, ficou estabelecido que a ex-funcionária deverá restituir o valor à empresa em parcelas mensais no valor de R$ 706 até o ano de 2036.
O advogado responsável pela defesa do posto de gasolina explicou que o acordo foi uma medida amparada pelo princípio da conciliação trabalhista, permitindo que as partes chegassem a uma solução para o caso. Com isso, a ex-funcionária terá que arcar com o pagamento por muitos anos, comprometendo uma parte significativa de sua renda mensal até o fim do acordo estabelecido.
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