Diretor da Senasp reconhece que mortes de policiais é reflexo da proliferação das facções criminosas no País
Atualizado: 6 de mai.
O aumento das mortes de policiais no Brasil tem sido reconhecido como uma consequência direta da proliferação das facções criminosas, conforme admitido por Rodney da Silva, chefe da Diretoria de Operações Integradas da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Esta admissão veio durante uma audiência pública promovida pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, requerida pelo deputado Coronel Ulysses, vice-presidente da comissão, em resposta ao preocupante aumento na mortalidade policial no país.
De acordo com dados do Ministério da Justiça, foram registradas 39 mortes de policiais de janeiro a abril deste ano, e em 2022, houve um total de 141 assassinatos. Esta situação preocupa não apenas o governo, mas também legisladores como o deputado Coronel Ulysses, que tem pressionado por ações mais efetivas no combate ao crime organizado e ao narcotráfico, especialmente nas áreas de fronteira.
Rodney Silva enfatizou a necessidade de enfrentar o crime organizado com rigor, uma visão compartilhada pelo deputado Ulysses, que também defende a aprovação de leis mais duras para conter a criminalidade. Além disso, Ulysses destacou a preocupação com o fato de que muitos policiais são assassinados enquanto estão de folga, propondo medidas como o acautelamento do porte de arma de fogo da instituição policial a qual pertencem, mesmo quando não estão em serviço.
O deputado também levantou preocupações sobre a legislação brasileira, que, segundo ele, amplia as possibilidades de confrontos com infratores tanto durante quanto fora do serviço policial. Ele argumenta que é necessário discutir medidas e propostas normativas para reduzir a vulnerabilidade dos agentes de segurança.
Após a audiência, Ulysses anunciou que será preparado um relatório com sugestões para reduzir a letalidade e a mortalidade policial. A audiência contou com a participação de representantes do Ministério da Justiça, da Polícia Rodoviária, e de diversas associações ligadas às forças de segurança. No entanto, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, não compareceu nem enviou representante, apesar de ter sido convidado.
Via: Site Direto do Planalto
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