Cenário Preocupante: Lula Enfrenta Déficit Histórico nas Contas Públicas, mesmo sem pandemia, o Governo registra deficit de R$ 998,6 bilhões
Gastos Públicos só Aumentam Déficit e Sinalizam Desafios Econômicos para a população
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um déficit nominal quase tão elevado quanto o registrado no auge da pandemia de COVID-19. A situação foi agravada pelos gastos emergenciais para mitigar os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, impactando negativamente a trajetória fiscal do país.
Para lidar com os danos causados pelas chuvas no estado, o governo decidiu excluir esses gastos do cálculo das principais regras fiscais, como o marco fiscal sancionado em agosto de 2023. Essa medida, no entanto, elevará a dívida bruta do governo, que já alcançou 75,7% do PIB em março.
Os dados do Banco Central mostram que o déficit nominal do Brasil atingiu R$ 998,6 bilhões no acumulado de 12 meses até março. Parte desse déficit é explicado pelo alto custo dos juros da dívida pública, exacerbado pela manutenção da taxa Selic em dois dígitos desde fevereiro de 2022.
Além do pagamento de juros, a expansão de gastos sociais durante o governo Lula aumentou o déficit primário. Em março de 2024, o saldo negativo do setor público consolidado foi de R$ 252,9 bilhões. O governo também suspendeu o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul e de seus municípios por três anos, adicionando um impacto de R$ 23 bilhões às contas públicas.
O Boletim Focus do Banco Central revelou que analistas do mercado financeiro ajustaram suas projeções para a dívida pública, agora estimando que ela atinja 80% do PIB. A Moody's, por sua vez, alertou que as despesas de emergência tornarão as metas fiscais mais desafiadoras e revisou a projeção do déficit primário para 0,75% do PIB.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, defendeu as medidas adotadas pelo governo, argumentando que estão recompondo a base fiscal do Brasil. Apesar das críticas de ex-presidentes do Banco Central, Haddad mantém o compromisso de perseguir a meta de zerar o déficit primário em 2024, afirmando que a disciplina fiscal continuará a ser uma prioridade.
Haddad ressaltou o otimismo em relação ao crescimento econômico do Brasil, apesar ser impossível alcançar no mundo real os desafios fiscais atuais.
Fonte: PODER360
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