Brasil se absteve em votação da ONU sobre violações de direitos no Irã, enquanto jovem rapper é condenado à morte
No dia 4 de abril de 2024, durante a reunião do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o Brasil decidiu se abster na votação da resolução que estendia as atividades do relator especial da ONU para investigar violações de direitos contra mulheres, crianças e minorias étnicas no Irã. Essa decisão ocorreu em meio à crescente preocupação internacional com as violações de direitos humanos no país persa.
Enquanto isso, no Irã, o tribunal condenou à morte o jovem rapper Toomaj Salehi, de 33 anos. Salehi foi preso em outubro de 2022 por apoiar publicamente os protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini, uma curda iraniana que faleceu sob custódia depois de ser detida por violar as regras de vestimenta feminina.
As acusações contra Salehi incluíam "assistência em sedição, reunião e conluio, propaganda contra o sistema e apelo a motins".
Salehi é conhecido por suas músicas que abordam questões de direitos humanos e repressão política no Irã. Sua prisão e subsequente condenação à morte têm gerado indignação tanto dentro quanto fora do país. Organizações de direitos humanos têm condenado veementemente a sentença, classificando-a como um exemplo da flagrante ilegalidade e injustiça do sistema judicial iraniano.
A recente abstenção do Brasil na votação da resolução da ONU sobre o Irã tem sido alvo de críticas, especialmente à luz da condenação de Salehi à morte. Enquanto outras nações expressaram preocupação com a situação dos direitos humanos no Irã e condenaram publicamente atos como a execução do jovem rapper, o Brasil optou por não se posicionar, levantando questionamentos sobre sua postura em relação aos direitos humanos e à política externa.
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