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Foto do escritorGabriel Oliveira

As empreiteiras voltam à cena do crime

Construtoras Andrade Gutierrez e a Novonor, antiga Odebrecht, estão de volta às operações na refinaria que motivou a Operação Lava Jato


Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress



As construtoras Andrade Gutierrez e a Novonor, antiga Odebrecht, estão de volta às operações na refinaria que esteve no centro da Operação Lava Jato, um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil.


As construtoras Andrade Gutierrez e a Novonor, antiga Odebrecht, estão de volta às operações na refinaria que esteve no centro da Operação Lava Jato, um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil.

Ambas as empresas foram selecionadas na licitação para a conclusão da Refinaria Abreu e Lima (Rnest). Espera-se que a construção comece no segundo semestre de 2024.


A informação é do Estado de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira, 15 de março.


Recomeço após operação Lava Jato

Desde a Operação Lava Jato, que desvendou esquemas de corrupção em projetos da Petrobras, as duas empresas experimentavam uma escassez de grandes projetos.


A Odebrecht, por exemplo, estava até o ano passado proibida de participar de licitações da petroleira.

A Andrade Gutierrez foi liberada em 2017, mas este será o seu primeiro projeto de grande porte desde o escândalo.

Vencedoras da licitação

Segundo o Estadão, a Consag, filial da Andrade Gutierrez no mercado privado, venceu dois lotes, A e B, com valor total de cerca de R$ 3,7 bilhões.


A Tenenge, empresa da Novonor, antiga Odebrecht, ganhou três lotes (C, D e E), com valor superior a R$ 5 bilhões.

Ambas as construtoras não responderam quando foram procuradas para comentar.

Os investimentos visam a expansão da Rnest, chamada de segundo trem. Com o investimento, a produção de diesel S10, combustível com menos emissões de poluentes, aumentará de 100 mil para 260 mil barris por dia.


Histórico de corrupção

A Refinaria Abreu e Lima tem um histórico de corrupção durante o primeiro mandato do governo Lula e durante a administração de Dilma Rousseff.

O custo da refinaria ultrapassa os R$ 40 bilhões, o que é R$ 36 bilhões a mais que o valor estimado no início do projeto, tocado por Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão. 


Atualmente, a refinaria responde por 6% da capacidade de refino da Petrobras e 15% de toda produção de S10 da empresa.


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