Apreensões de Fuzis no Rio de Janeiro Batem Recorde: Maior Número em 16 Anos
Novos dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) nesta quinta-feira (14) revelaram um aumento significativo Recorde nas apreensões de armamentos no estado do Rio de Janeiro. Em novembro, o número de fuzis confiscados atingiu um total de 568, marcando um impressionante aumento de 26% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Essa estatística alarmante demonstra uma média de dois fuzis apreendidos por dia, sinalizando uma escalada na presença dessas armas de fogo no cenário criminoso do estado. Essa quantidade é a maior registrada nos últimos 16 anos e representa um ponto crítico na série histórica das apreensões.
Além dos fuzis, um total de 5.893 armas de fogo foram retiradas de circulação no mesmo período, indicando uma média de aproximadamente 18 armamentos confiscados diariamente. Apesar disso, houve uma queda de 6% em comparação com o mesmo período de 2022.
Os dados revelam não apenas o aumento das apreensões de armas, mas também uma diminuição significativa em certos tipos de crimes. Os roubos de rua, que incluem casos como roubo de aparelho celular, roubo a transeunte e roubo em coletivo, diminuíram em 11% em novembro, registrando o menor número de casos para o mês desde 2004. Ao longo do ano, a redução foi de 17%, representando 9.560 roubos a menos.
Os crimes contra o patrimônio também mostraram uma tendência de queda, com os roubos de carga diminuindo pela metade em novembro, atingindo o menor valor para o mês desde 2008. Os roubos de veículos também apresentaram uma redução de 13% no penúltimo mês do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Entretanto, a notícia mais marcante veio dos crimes violentos: os dados revelaram quedas históricas nos crimes contra a vida. O indicador estratégico de Letalidade Violenta, que engloba homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, latrocínio e morte por intervenção por agente do Estado, atingiu o menor número de vítimas dos últimos 32 anos. Tanto no acumulado (5%) quanto no mensal (13%), houve uma significativa diminuição, representando um marco positivo na segurança pública do estado.
Estes números contraditórios entre a apreensão de armas e a redução de certos tipos de crimes geram debates sobre a eficácia das políticas de segurança e a dinâmica do cenário criminal no Rio de Janeiro.
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